sexta-feira, 22 de abril de 2011


Na noite seguinte havia acordado ainda com o céu avermelhado, não dormi muito bem... Havia sonhado com Armand e Ammy, havia fogo e gritaria, e Armand aparentemente á protegia de mim... Um sonho confuso, até agora...
Pois bem!
Levantei-me, tomei um demorado banho, troquei-me e saí , com direção á casa de Ammy.
Estava trajando uma sobrecasaca de couro preta, calças jeans de marca, uma camisa social preta, e um lenço vermelho jogado sobre o pescoço, meus sapatos era sociais pretos... No caminho pensava sobre Ammy, minha pequena Ammy... Por que ela provocava tanto desejo mortal em mim? Como ela havia nascido de uma vampira? Como?
-Lestat? – ouvi uma voz doce atrás de mim...
Ao virar-me, era Ammy, com toda sua beleza... Os olhos negros, agora maquiados com um lápis preto, os cabelos lisos, agora cacheados, e um vestido levemente curto com estilo vitoriano, saia rodada, e mangas longas; nos pés, sapatos delicados, como o de uma boneca de porcelana... Minha boneca!  Minha boneca viva! Mais do que nunca quis toma-la á mim e penteá-la... Beijá-la e se possível, possuí-la como um mortal faria, fazendo-a gritar de prazer...
-Minha beldade... – Sorri.
-Lestat... – Ela sorriu
-Ora, Ora, Ora... Quem vejo aqui! – Uma voz levemente conhecida surgia de trás de Ammy.
Um homem a acompanhava... Havia ficado tão hipnotizado com Ammy que não notara o homem... Tinha cabelos castanhos que lhe cobriam a face...
-Faz tempo de mais não é? Seu demônio egoísta...
Aquela voz...
Soava em minha mente junto ao som de um violino, aquele violino no bulevar temple... Nicolas! Meu belo Nicolas! Como? Ele havia se matado! Impossível...
Olhei para ele atônito  e com certo medo, eles estava vestido com esplêndido casaco de brocado rosa e dourado, usava sapatos com saltos dourados e colarinho com camadas de renda italiana. Só seus cabelos estavam como costumavam ser, escuros e muito ondulados, o que lhe dava uma aparência infantil por alguma razão, embora estivessem presos atrás com uma elegante fita de seda.
-Reconhece essas roupas Lestat?São idênticas as que usei certa vez, quando fui parabenizá-lo pelos malditos lobos...– Ele disse com um olhar quase maléfico, igual aquele do teatro dos vampiros... Enquanto ele tocava e dançava cercado daquelas beldades demoníacas que quase o adoravam.
Quis abraçá-lo e beijar sua face, perguntar como estava vivo... Mas não o fiz, ele certamente me jogaria longe. Como o meu precioso Nicolas estava vivo?
-Como? – Balbuciei.
- Monsieur... – Ele disse rindo em um tom histérico.  – Realmente acreditou naquela maldita carta? Eleni mentiu! Ele mentiu para você, Armand e todos os outros!- Ele riu de maneira a me assustar.
Algo tomou conta de mim, senti meus olhos encherem-se de lágrimas, das minhas lágrimas avermelhadas; senti-me temer... Tremer de medo, ressentimento, pavor, e acima de tudo alivio... Aquele não era o meu Nicolas de Lenfent humano, mas o Nicolas de Lenfent imortal... Aquele que havia sido um erro, mas que ainda era um dos meus grandes amores.
-Por quê? – Perguntei.
Ammy olhava meu rosto com certo susto, ela abraçou-me como se pudesse proteger-me dos horrores que Nicolas provavelmente viria a falar, sua cabeça sobre meu peito, seu corpo sobre o meu, minha pequena beldade estava tentando me proteger de algo que eu não sabia.
-Por quê? – Novamente aquela risada estridente. – Ora Lestat, achou que iria viver na sombra de seus joguinhos por mim mesmo?Não! Eu não suportei ser mais uma das suas desprazíveis marionetes! – Ele disse.
Algo me cortou por dentro, aquilo realmente era verdade? Não poderia ser... Eu nunca os tratei como marionete.
-Nunca? Tem certeza Lestat? Nunca cuidou para que as coisas saíssem como VOCÊ queria? – Ele disse.
Nicki lia meus pensamentos como se fosse um livro aberto, percebi que era quase automático para ele.
-Você não é o único com truques, querido. – Ele disse com ironia. – Nem o único com trunfos.
-Do que está falando? – Meus olhos tornaram-se firmes.
-Será que realmente não sabe? “Vampiro Lestat”?
-Vá ao inferno! – Pensei.
-Só se for ao seu lado meu Principe das trevas!
-Anda me seguindo? – Perguntei.
-E preciso? Sua vida anda mais comentada entre nós vampiros do que os Cullen.
-Maldito...
-Por sua causa meu caro!
Quis lhe jogar contra a parede e lhe esmurrar até ele chorar!Até ele gritar, implorar para eu parar, mas não o fiz, pois Ammy havia me havia me abraçado com mais força.
-Calma Lestat... –Ela sussurrou.
-E a princesa? – Ele disse aproximando de Ammy e acariciando seus cabelos. – Você está encantado não é? Encantados por essa minha pequena perfeição... – Nicolas sorriu sarcasticamente e aproximou seus lábios dos dela, levemente.
-Afaste-se. – Mandei.
Ele me enganou, insultou e como se não bastasse, vinha provocar-me aproximando-se de minha Ammy.
Mil formas de matá-lo invadiram minha mente.
Ele riu.
Senti uma raiva pulsar em meu corpo, e sem pensar duas vezes acertei-lhe um soco do rosto.
-Lestat não! Vá embora! – Ammy dizia.
Ele ainda ria.
-o lendário vampiro Lestat agora não passa de uma marionete para uma pequena criança! – ele disse ainda rindo.
-Cala á boca! – Gritei.
-Lestat, precisamos conversar... Vamos... – Ela sussurrou.
Fiquei parado, encarando Nicolas... No que ele havia se transformado... No que EU havia o transformado.
Droga!
Senti meu corpo se contrair para atacá-lo, mas estávamos em um local público. Esmurrar Nicolas ali até desfigurá-lo não seria uma boa idéia.
Deixei Nicolas ali rindo e tomei Ammy nos braços e corri para o cemitério mais antigo da cidade.
A coloquei em cima de um mausoléu de uma das famílias mais influentes na cidade, ela estava sentada como uma bela boneca , embora naquele momento não tinha humor para admira-la
-Fale! – Eu disse.
-Lestat, precisa entender... –A voz dela era rouca.
-Entender o que? Que sou o único que não sabe o que está havendo?
-Eles preferiram esconder de você...
-Eles quem? – Gritei.
Senti uma presença, não era humana.Nicolas certamente, por isso não me importei.
-Armand... e os outros– Ela disse sussurrando.
-Quem?
-Vampiros mais poderosos que você Lestat, aquele que ninguém pode controlar. A Elite vampirica. – Era a maldita voz de Nicolas que dizia isso. – Ora Lestat, nunca soube deles...?
-Isso me soa mais como uma daquelas  histórias ridículas de Stephanie Meyer. – Resmunguei.
-Isso!Digamos que a sociedade vampirica vem se modifiando com o tempo...– Disse Nicolas!
-O tempo te deixou maluco Niki... – Resmunguei.
-Ele tem razão... Eles existem Lestat... – Disse Ammy.
-Como?
-A maldita realeza vampirica existe! – Ele riu. – E foram eles que deram vida á sua pequena beldade.
-Como?
-Ora Lestat, achou que Ammy era uma humana qualquer! Não! Ela é uma vampira! – nicolas gritou.
-Que? Como vampira?
-Deixe-me explicar Nicki! – Ammy gritou.
-Pouco importa-me quem explicará, com quanto que eu entenda!
-Sua bonequinha de porcelana não passa de uma cobaia! – Nicholas gritou.
-Cale á boca! – Ammy gritou.
Eu estava confuso.Queria que ambos se calassem, embora ainda queria ouvi-los explicar.
-Os Volturi e Armand, há mais ou menos dezesseis anos atrás se uniram para criar uma espécie nova de vampiros, que não precisa de humanos. – Disse Ammy levemente.
-Para isso, usaram a mãe de Ammy, que era uma grande amante do inútil do Armand. – completou Nicholas com desdém.
-Enquanto ela era humana eles arrancaram alguns de seus óvulos e a transformaram, depois devolveram-lhes os óvulos e surpreendentemente eles não morreram, e o organismo dela continuou a funcionar.
-Daí ela engravidou do canalha do pai da Ammy. – Disse Nicholas.
Mas como ele chinga! O tempo realmente apenas enlouqueceu mais Nicholas! Ele tornou-se um perfeito maluco!
-Mas o DNA vampiro permaneceu.
Suspirei.
Isso era novidade demais para mim. Como uma vampiro poderia engravidar? O que era isso? Vampirismo versus ciência?
-Então você é uma vampiro? – Perguntei á Ammy.
-Teoricamente – Respondeu Nicholas.
-que você é uma vampiro eu já sabia, Nicholas. – Respondi irritado.- boneca... – Eu disse virando-me para
-MINHA boneca. – Corrigi Nicholas.
-Ela é como uma lagarta está nessa forma mortal até o momento ideal, após isso... ela se fechará em seu  casulo e desabrochará, como nossa borboleta, como nossa rainha das trevas...  – Nicholas dizia isso admirando Ammy, realmente como um súdito faria com uma rainha.
-Esse experimento já foi realizado antes... e... – Ammy olhou para mim. – todas morreram no momento da transformação.
Simplesmente inaceitável! Eu não deixaria minha Ammy morrer! Atiraria-me no fogo para salva-la sairia em plena luz do dia, para lhe ter em meus braços, beijar-lhe a face e como já disse... a possuir.Realmente eu sou nojento não sou? Grotesco. Um vampiro de duzentos anos, tendo fantasias com uma garota de 15... Isso é algo realmente horrível! Ora Lestat, e ainda diz que quer ser santo!Ao lado de Ammy, quero me afogar em luxuria e que a maldita santidade vá ao inferno!
Entendam... Eu estava encantado!Naquele momento, ela era meu alfa e meu ômega... Uma sensação que me assustava, uma sensação simplesmente avasaladora! Mais que a que senti por Rowan ou por qualquer um! Isso me assustava e as vezes me inojava, as vezes me sinto um verdadeiro monstro... Aquele malfeitores que abusam de crianças!- Ah se cabesse a mim julgar esses... Voltaríamos a idade media!- Me sinto como se fosse um, mas algumas vezes... quando estamos apenas eu e Ammy, eu sinto-me como um louco apaixonado, nada mais e nada menos... um louco apaixonado... Afinal, o que sou? Um louco apaixonado ou um pedofilo desgraçado? Ora, Eu sou Lestat!
Mas voltando a historia...
Peguei Ammy no colo, a colocando em minha frente em pé...
-mas com você será diferente... – balbuciei.
-não. – ela retrucou.
Abracei-a.
Isso não podia ser real.Ammy não poderia morrer certo?
-Ora, o maldito demônio está tristinho! – Disse Nicholas com desdém.
Nunca desejei tanto que Nicholas estivesse morto.
Virei-me com rapidez e segurando-o pelo colarinho o arremessei para longe, mas infelizmente ele logo voltara à posição inicial.
-Vá ao inferno! – Eu disse á Nicholas.
-Tarde de mais, eu já estou nele! – Ele retrucou.
Honestamente, eu não conseguiria digerir tudo aquilo tão rapidamente... Senti um momento de loucura dominar meu corpo. Virei-me de costas para Nicolas e Ammy, estava disposta à sair Dalí e abandonar ambos e foi o que fiz. Pude sentir a tristeza de Ammy em meu corpo, mas aquilo não me importava mais... Não deixava de pensar que eles estavam brincando comigo, um verdadeiro jogo no qual eu só era a marionete. Um vampiro não poderia respirar, ter relações e muito menos quem dirá ter filhos! Mandei todos para o inferno  e dei-lhes as costas.
Saí Dalí o Maximo que podia, sem me importar com os mortais e em segundos já estava em casa.

sábado, 24 de julho de 2010

Certamente necessito regular melhor meus horário, e será isso que farei... mas para quem tem a eternidade, de que vale o tempo?

Pois bem, se minha memória não falha, paramos a história após minha primeira conversa com Ammy. Ah sim...

Após aquele dia, visitei Ammy constantemente, e é o que tenho feito até hoje, meu desejo por ela não diminuiu, muito menos cessou, e ainda é desconhecido para mim.A cada noite em que nos encontrávamos, descobria mais um pouco sobre aquela pequena boneca.Certa vez, eu a encontrei ouvindo uma de minhas antigas musicas.

-Canta bem, Sr Lestat. – Ela disse quando me viu na janela.

-Também não fica atrás.

-Mas ainda falta alguma coisa... Ah sim, o som doce e harmonioso do violino.

-Violino? Em um Rock? – Perguntei arqueando uma das sobrancelhas ( Devo admitir, estou muito mal informado das tendências de musica modernas.)

-Sim, exatamente.

Sorri.

-Ammy. – A chamei adentrando no seu quarto.

-Diga. – Ammy se levantou, pegou seu note book e deitou-se novamente na cama, daquele modo sensual que eu tanto apreciava.

-Como teve contato com... os vampiros?

Ela abriu um sorriso malicioso, que logo, transformou seu rosto doce de adolescente em um perfeito deslumbre do mal. Eu ri internamente.

-Sempre tive esse... “contato”, se é assim que o senhor quer chamar. – Novamente aquele sorriso malicioso sagaz.

-Sempre?

-Sim. Desde que me conheço por gente.

-O que não faz muito tempo seja sincera. – Eu gargalhei como uma criança de minha própria piada, um ato bobo, eu sei. Mas ri.

-Ei!- Ela disse rindo e me jogou um travesseiro. – A questão é, desde quando nasci vivo nesse mundo “oculto”.

-Como?

-Minha mãe... Ela... era uma.

-Vampira?

-Sim.

-Como... Impossivel.

Isso era impossível! Vampiros não se reproduzem assim! Senti o suar começar a banhar minha face.Não sei o motivo de tanto nervosismo, mas eu estava quase em pânico.

-Não, não é... – Ela disse sorrindo. – Mas, creio que não vai querer saber disso.

-Aí é que se engana, diga-me: Como?

Ela sorriu sarcasticamente.

-Minha mãe era uma... – Ela pensou na discrição que me daria. – Vampira diferente. Os créditos de tudo isso vão para seu amigo: Armand.

-Armand?

-Sr Lestat, não posso falar mais...

-Diga, estamos a sós.

-Não posso... Perdoe-me... E... já está tarde.

Eu odiava concordar, mas eram mais de 3:00 da manhã, senti uma pontada, não queria deixá-la, queria descobrir mais sobre ela, sobre essa nova espécie de vampiro.

-Vá Lestat... – Ela disse com uma voz mais doce do que de costume.

Balancei a cabeça e fui em direção da janela, senti sua pequena mão segurando no meu braço rígido.

-Desculpe Lestat, mas não posso. – Ela disse com o olhar fixo no meu.

Algo, não saberei dizer-lhes o que, mas algo me fez arrepiar e sorri.Virei para ela e me inclinei levemente para sua direção, admirava seu rostinho liso e rosado, seus olhos arredondados, seus cílios compridos, seus lábios pequenos... Como ela podia ser assim tão encantadora, sem ser dotada de uma beleza chamativa?Talvez fosse seu olhar de mulher... Não sei. Aproximei meu rosto do dela ao ponto de poder sentir seu calor em minha pele fria, quase ardia aquele seu calor... Ela se esticou, seus lábios agora roçavam nos meus, mais uma vez aquela troca de calor, meus lábios frios como gelo rosando naqueles lábios jovens... Fechei os olhos, e sentia a sensação aumentar, me lembrei de quando era jovem, e deitava-me com as jovens da vila atrás da igreja, a sensação era parecida, embora milhares de vezes melhor... O ato do sexo não se comparava aquilo.

-Seja... minha. – Essas palavras saltaram da minha boca, sem que eu ao menos pensasse.

Ela sorriu maliciosamente.

Ela passou seus dedos delicados sobre meu pescoço, fazendo-me arrepiar...

-Como disse... está tarde...

E dizendo isso, o doce calor de seus lábios se distanciou dos meus, e ela os dirigiu para o meu pescoço, onde abaixando a gola da camisa, me mordeu... Gemi.É, eu gemi... Quem era aquele? Era realmente eu quem gemeu? Era realmente o vampiro Lestat? Não sei, apenas sei que senti uma vontade louca de possuí-la para mim, mas não o fiz.

Ela sorriu e novamente deitou-se na cama e eu fui embora.

Ao sair a casa de minha “pequena boneca” ouvi um ruído vindo de minha direita, e ao virar meu rosto para a direção de onde vinha, vi um vulto.

Percebi que não era humana pela agilidade que se movia, sabia que era outro vampiro, e aquilo nada me agradava.

Corri atrás do vulto, que logo pulou o muro da casa, e continuou correndo, o segui até ele parar, foi aí que me surpreendi.

Notei, dessa vez com certeza que era um vampiro, isso me enciumou. Outro vampiro na casa de Ammy? Nunca? Eu não permitiria!

-Vá embora Lestat. – Disse o vampiro parado em minha frente, sua voz era de fato muito conhecida.

E o vampiro virou para mim, pude ver seu rosto infantil e seus cabelos ruivos. Sem duvida: Era Armand.Ele estava irritado, em posição de ataque com as presas á mostra.

-Armand?

-Vá embora Lestat! – Ele gritou.

-O que ouve?

-Nada que deva saber, escute o que digo se afaste dela!

-Não. – Respondi calmamente.

Eu nunca me afastaria de Ammy e também nunca aceitaria o jeito como ele falava comigo, aquilo me irritava, muito.

Ele baixou a guarda e aproximou-se de mim.

-Lestat, saia de perto dela.

-Dê-me um bom motivo para que eu pense em lhe obedecer.

-Ammy é muito mais do que aparenta.

-Isso eu já notei sozinho, obrigado.

Armand ficou em guarda novamente, de um modo que me lembrava muito uma leoa em sua caçada.

-Lestat, se preza por essa sua existência... Vá embora...

Senti um ódio pulsar dentro de mim, ele falava com desdém.Sem pensar eu envesti em Armand como um cão raivoso, estava pronto para rolarmos em uma briga mortal ( mortal? Mas imortais não morrem certo?), ou quase isso; mas me surpreendi quando caí em cima do concreto da calçada... Armand havia desaparecido.

Senti um súbito ódio tomar conta de mim, eu necessitava saber mais sobre ela! Eu necessitava!

sábado, 15 de agosto de 2009

Desculpe-me a demora, mas é que tive uma semana bem cheia...
Lembra-se de que voltaria a casa de Ammy? Pois bem! Foi isso que fiz no dia seguinte, o é isso que venho fazendo até hoje!
Até hoje, eu não havia visto nada além de Ammy enrolada nas cobertas dormindo profundamente e nesses momentos eu me via como aquele vampiro ridículo de Stephanie Meyer: Edward Cullen.
Mas, o que realmente me intrigou foi o acontecimento de hoje.
Cheguei a bela casa de Ammy por volta das oito da noite, e delicadamente subi para a sacada de seu janela.A porta estava aberta, e ela estava deitada sensualmente em sua cama, lendo um livro familiar: O vampiro Lestat.
Sinceramente, eu quase ri, de fato isso era muito irônico.
Eu a fitava freneticamente analisando todos os seus detalhes,nem ao menos me importava para o local: seus olhos escuros presos nas páginas do livro; sua camisola de seda preta colada em seu corpo de adolescente; os seios pequenos rígidos sobre o tecido... Eu me deslumbrava em seu corpo de garota, olhar de criança e em sua extrema sensualidade de mulher.
Enquanto eu a fitava deslumbrado , escondido atrás de uma das portas assustei-me quando ouvi um som sair da sua boca.
-Saí daí logo? – Ela disse.
Sua voz ela doce e sonora, como o de uma cantora.
Comecei a suar, ela não poderia estar se referindo á mim.Poderia?
Logicamente não, nenhum humano notaria minha presença.
O suor avermelhado percorria minha face e eu fiquei imóvel.
-eu já percebi que está me perseguindo a cerca de uma semana. Vem, não tenho medo de vocês... Se você não vem á mim...
E a pequena se levantou e veio á minha direção.
Pensei em fugir, mas novamente algo me impedira.
-Eu estou indo até aí... – Ela dizia em um tom de brincadeira.
E antes que eu pudesse pensar em fazer algo, Ammy havia me surpreendido: ela com toda sua beleza infantil estava parada sensualmente a minha frente.
-Por que vem me seguindo á tanto tempo...? – Ela perguntou atentando-se a cada detalhe de meu rosto.
-Não sei. – Respondi.
-Prazer. Sou Ammy.Mas isso creio que já sabe... E seu nome? Como devo chama-lo?De Sr Vampiro?
Eu ri com a ironia.
-Pode ser. –Respondi.
-Ótimo! Entre Sr Vampiro... – Ela disse caminhando novamente até a cama.
-Como me descobriu? – Perguntei aproximando-me dela.
-simples... Eu te senti.
-Sentiu?
-Não sou uma adolescente normal. Creio que já deve saber disso.
-Já... Mas, por que não me teme?
-Temer? Sr Vampiro... – Ela tirou o cabelo de seus ombros e se aproximou..
Ela oferecia a mim seu belo pescoço jovem, e ao observá-lo, notei marcas de presas que estavam cicatrizando.
-Tem andado em más companhias, criança.
-Eu não tenho companhias, senhor vampiro.
Ela tocou em meu peito, um arrepio percorreu meu corpo fortemente. Eu a desejava, e aquele era o momento de finalizar esse desejo.
Ela padeceria ali, em meus braços.
Eu agarrei-a pela cintura e forcei-a a me encarar.
-É realmente muito belo Sr Vampiro. – Ela disse, mais uma vez dotada de ironia.
Eu aproximei-me de seu pescoço e senti o cheiro embriagante de sua pele, mostrei meus caninos e cravei-os em seu pescoço.
Senti o bater de seu coração e o doce de seu sangue, mas havia algo de diferente naquela mordida... A conexão que deveria haver entre nós estava fraca.O rufar de seu coração não tinha a mesma intensidade que dos demais... E seu sangue, era realmente melhor que os outros, mas havia algo nele que forçava-me largá-la...
Eu a soltei.
Ela riu.
-Sr Vampiro... Foi apresado demais...
-Por que?
Ela volta a deitar-se na cama sensualmente.
-Digamos que... Eu não fui feita para era função.
-E foi feita para que?
Ela sorriu, e passou os delicados dedos sobre os seios, como uma mulher faria. Senti uma verdadeira excitação humana crescer dentro de mim; naquele exato momento eu percebi que o desejo que sentia por aquela menina era sexual.
-Digamos que fui feita para despertar os sentimentos mais ocultos. Mas, não vai me dizer seu nome?
-Não.
-Hm... Então está bem... “Lestat”. – Ela disse.
-Como?
-Loiro; olhos azuis; um e oitenta de altura... Vampiro... – Ela sorriu maliciosamente.
-Já me descobriu.
-Sim... – ela sorriu. – Estava ansiosa para lhe conhecer...
-Por causa do livro?
-Não, é que não me falaram bem do Sr...
-Não tenho uma boa fama eu admito. Mas, quem falou de mim?
-Louis, Armand...
-Os conhece?
-Sim... – Ela bocejou. – Por que não volta amanhã? Caso, se esqueceu... Sou humana, e já são 3:30 da manhã...
-Por que não “vira” a noite, já que está muito bem acompanhada. – Eu disse sorrindo.
-Seu ego é quase maior que sua beleza. – Ela disse sorrindo. – Ora, Sr Lestat, o que é 24 horas para alguém que tem a eternidade?
Eu sorri novamente e concordei com um aceno de cabeça.
-Está bem... Amanhã então. – Eu disse.
-Boa noite Sr Lestat. – Ela disse sorrindo.
Ela deitou-se na cama e cobriu-se com o cobertor. Eu queria deitar do seu lado e vê-la dormir... Mas não fiz.
Saí da li e voltei no dia seguinte, mas mal sabia eu que depois daquele dia eu me ligaria fortemente á essa garota.

domingo, 2 de agosto de 2009

Hoje vou relatar o que me ocorreu ontem a noite:
Eu observava a casa de minha presa cuidadosamente.Ele era um homem de classe média alta, um traficante de drogas com ecstasy e LSD; viúvo, tinha 35 anos e 3 filhas.Este homem era atraente: a pele era morena e os cabelos lisos; olhos verdes e um corpo definido; trajava sempre um terno de marca em cores neutras, mas com uma camiseta chamativa – ridículo, segundo meu ponte de vista.
Mas o que fez realmente encantar-me por ele foram suas companhia, ele freqüentemente trazia vampiros á sua casa; todos os dias em que o vigiava havia vampiro na casa.Foi então, nessa noite que avistei uma verdadeira visão.
Eu observava a casa com atenção, cada mínimo detalhe;visivelmente a casa era antiga, sobrado com um porão, havia uma janela á frente da casa, uma bela janela com uma sacada delicada; a casa era de um branco sublime, o jardim era bem cuidado, com uma fonte glamorosa, uma mulher semi nua, trajando apenas um pano caído sobre os quadris com os braços abertos, e das palmas da mulher saiam os jatos d’agua.
Meus olhos haviam se perdido na bela fonte, que ás vezes aparentava estar dançando delicadamente.Ouvi um ruído e percebi que vinha da grande janela á frente da casa.Virei meus olhos rapidamente e vi uma bela moça sentada na sacada fitando a rua.
Ela não era extremamente bela, muito menos extremamente feia, mas devo admitir, havia algo naquela moça que me prendeu.Analisei cada mínimo detalhe: Os olhos negros como a noite refletia a mínima luz que se aproximasse, a pele era clara e rosada, o nariz fino e a boca pequena, ouvi seu coração bater calmo, seus braços pequenos e finos pousavam delicadamente sobre o colo, seus cabelos lisos, finos e castanhos escuros terminavam perto de sua cintura e ela tinha uma franja delicada, ela trajava um vestido e era aquele seus vestido que me chamara a atenção:Uma visão perfeita de um vestido do século XVII porém curto, terminava acima do joelho, era nas cores vermelho e preto.Parecia uma boneca: ora com o olhar frio, ora carinhosa.
Eu percebi uma súbita vontade de lhe pentear os cabelos e beijar sua face rosada, lisa como uma porcelana.
Eu a desejei. A desejei como nunca havia desejado nenhum humano.Eu a queria para mim, um desejo avassalador percorreu meu corpo: o de sentir a pele dela, o de sentir seu cheiro o de provar seu sangue.
Nesse momento percebi que meus planos haviam mudado: eu tinha outra “presa”
Aproximei-me dela – claro, mantendo cautela.Ouvi-a cantar, cantar uma canção em latim, lembro de um treco que dizia
“Em direção ao rio
No meio do verão, eu acenei
Um V de cisnes pretos
Indo com esperança para o túmulo”

Ela cantava e entrelaçava os dedos no seu cabelos, uma outra garota se aproximou e elas começara a conversar.
-O que faz aqui, Ammy? Saldando o teu demônio?– Perguntou a outra garota que era loira.
-Nada. - Ela responde.
-Pra mim, está vendendo á alma á o diabo para achar um “príncipe”, algum louco com capacidade para lhe amar.
-Príncipe? Meu príncipe é mais irreal do que imagina, ele tem olhos azuis e clama por sangue. – Ammy responde olhando em minha direção, por instantes achei que ela havia me notado, mas percebi que isso era impossível para uma humana.
-Você é estranha. – A outra retrucou.
-Por que você não fecha essa boca? Vejo que veio aqui só para me insultar
-Por que você não vai se ferrar? Tomara que no inferno você queime pra sempre!só assim que você vai ver que tudo isso que você fala é do capeta!
-Por que eu devo acreditar em teu deus, se fala mais do demônio? – Ammy gritou.
A outra deu um tapa no rosto de ammy e saiu ás pressas.
Eu levantei-me, meu sangue ardeu, meu corpo sentia um imenso ódio quando a outra agrediu Ammy.
Ammy agachou-se e chorou, percebi ás lágrimas reluzentes com as luzes da cidade, tentei captar algo que vinha dela,ler sua mente e consegui.
Era como se ela me explicasse
Aquela garota que havia lhe batido era sua irmão mais velha Lindsey de 17 anos; Lindsey era evangélica e a outra irmã, Marian (de 21 anos) também. Ambas desprezavam Ammy, humilhavam-na e batiam nela, pois ela era fascinada pelo mundo oculto, pelos vampiros e outros seres, era apaixonada por séculos passados... Coisas de fato incomuns para esse século.
Ammy era ligada á sua falecida mãe e cantava músicas ao luar para ela.
Ammy chorava compulsivamente, chamava a mãe em voz baixa.
-Mãe...Mãe... Por favor mãe... Mãe...
Mas rapidamente Ammy se recompôs, foi para dentro e fechou a janela.Em poucos minutos ela saiu de casa, deixando as duas irmãs gritando para que ela voltasse naquele momento.
Eu queria segui-la, mas algo dentro de mim me impediu.Não saberia ao certo dizer o que me fez não segui-la.
Hoje voltarei lá.Ainda são duas horas da manhã, e como vocês humanos dizem : A noite é uma criança!
Só posso dizer uma coisa com toda a certeza: Eu desejo essa garota, mais do que qualquer um nessa vida.

Introdução

Meu nome é Lestat de Lioncourt, nasci na França no final do século XVIII, hoje vivo na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Tenho uma bela aparência, tenho 1,80m de altura, cabelos loiros e levemente ondulado e olhos de um azul penetrante. Gosto das artes - aprecio cada uma ao seu tempo, gosto de musica –certamente para quem me conhece lembra-se de minha banda “o vampiro Lestat”.
Porque um blog?
Ora! Eu sou Lestat! Necessita de mais uma explicação?E Aliás, não é por que nós vampiros, vivemos eternamente que necessitamos ser ignorantes correto?
O que vou relatar aqui?
Ora! Meu dia-a-dia claro! Meusabraços mortíferos, minha perseguição ás vitimas, meus encontros casuais. Absolutamente tudo!

PS= o personagem "lestat de Lioncourt" não me pertence, Lestat é criação da escritora Anne Rice.